Empresas do Reino Unido Buscam Candidatos com IA

Empresas enfrentam alta demanda por candidatos no Reino Unido

Nota: Algumas imagens são meramente ilustrativas e, em sua maioria, geradas pelo MidJourney.

Empresas enfrentam alta demanda por candidatos no Reino Unido

De acordo com dados recentes, os empregadores estão sobrecarregados com o número de candidaturas de emprego. No Reino Unido, empresas que oferecem programas de treinamento para graduados receberam uma média de 140 aplicações para cada vaga em 2024. Esse número representa um aumento de 59% em comparação a 2023, segundo o Instituto de Empregadores Estudantis. Apesar de algumas preocupações entre recrutadores, muitas empresas estão utilizando plataformas de IA para auxiliar nesse processo, especialmente porque a geração Z já ultrapassou a população dos millennials.

Essa situação contribuiu para o sucesso da Maki. A empresa, que desenvolveu um agente de IA baseado em conversação para entrevistas e filtragem de candidatos, levantou US$ 28,6 milhões em uma rodada de investimento Série A, liderada pelo Blossom Capital. Outros investidores, como DST Global e investidores já existentes como Frst, GFC e Picus Capital, também participaram. Anteriormente, a Maki já havia arrecadado 11 milhões de euros em rodadas de financiamento anteriores. Esses recursos serão utilizados para acelerar o desenvolvimento do produto, expandir sua presença nos EUA e aumentar a equipe.

Sobre a Maki e seu crescimento impressionante

Fundada em 2022 por Maxime Legardez, Paul-Louis Caylar e Benjamin Chino, a plataforma da Maki realiza entrevistas com candidatos por meio de voz, vídeo ou texto. A empresa afirma ter registrado um crescimento superior a 300% em 2024, garantindo contratos de contratação em mais de 50 mercados com empresas renomadas como H&M, BNP Paribas, PwC, Deloitte, FIFA, Abercrombie e Capgemini. Além disso, a Maki apregoa que sua plataforma otimiza o processo de contratação, proporcionando uma experiência melhor para os candidatos e reduzindo a rotatividade de funcionários.

Os agentes de IA da Maki interagem com os candidatos em linguagem natural e, de acordo com a empresa, podem automatizar o processo em até 80%, resultando em uma redução de três vezes no tempo de contratação.

“Utilizamos IA para construir agentes que nossos clientes podem personalizar conforme suas necessidades, replicando tarefas realizadas por humanos no recrutamento. Nossos agentes podem buscar, avaliar, agendar e entrevistar candidatos”, disse Maxime Legardez, CEO da Maki.

Um exemplo é o agente criado para a gigante do vestuário H&M, chamado Maria, que pode se comunicar por telefone ou ser um avatar visual em chamadas de vídeo. “Temos um avatar integrado com a Synthesia, proporcionando uma experiência visual muito interessante. Ela pode falar 24 horas por dia, 7 dias por semana, em vários idiomas e ter conversas de cinco, dez ou 15 minutos com candidatos para avaliar centenas de habilidades”, explicou Legardez.

Ele também comentou que a IA é capaz de avaliar candidatos com relação à empatia, colaboração e resiliência, entre outros critérios.

Interação personalizada com candidatos

No entanto, essa abordagem não é impessoal. Legardez destacou que, se um candidato for rejeitado, recebe um feedback personalizado com dicas para ajudar a melhorar suas chances na próxima vez, transformando-os em bons embaixadores da marca. Segundo ele, 98% dos candidatos da BNP Paribas afirmam que este é o melhor processo de recrutamento que já vivenciaram, aumentando sua disposição para se juntarem à empresa.

Apesar de vivermos em uma era onde se discute a morte da DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), Legardez afirmou que a Maki apresenta muito menos viés do que os humanos: “Fomos auditados pelo estado de Nova York e foi comprovado que nossa IA gera menos viés em relação à etnia, gênero e idade. Quanto mais dados tivermos, melhor poderemos calibrá-la e treiná-la.” Isso levanta uma questão interessante: será que o recrutamento por IA pode levar a equipes mais diversificadas no futuro?

Concorrentes e futuro da Maki

Os concorrentes da Maki incluem empresas como SHL, EON, Pymetrics, Saville, Recruit CRM e BrainTrust. No entanto, Legardez destaca que a Maki não está apenas vendendo um software de RH tradicional, mas sim “trabalhando através de nossos agentes, automatizando o trabalho humano.” Antes de fundar a Maki, ele estava à frente da Everoad, uma empresa de transporte digital, que foi adquirida pela Sennder.

Em uma declaração, Ophelia Brown, sócia gerente da Blossom Capital, comentou: “Acreditamos que os agentes da Maki têm o potencial de permitir que grandes organizações alcancem um novo nível de eficiência e tomada de decisões, redefinindo como o RH impulsiona o sucesso nos negócios.”

O progresso da Maki está alinhado com as tendências atuais. Recentemente, o LinkedIn lançou um novo produto de IA chamado Jobs Match, que oferece conselhos imediatos sobre se uma vaga específica vale a pena se candidatar.

A Maki está claramente se destacando nesse cenário competitivo. É fascinante ver como a tecnologia e a inteligência artificial estão moldando o futuro do recrutamento. Será que, em breve, veremos uma maioria fazendo entrevistas com agentes de IA? Pode ser um divisor de águas para muitas indústrias!

Autor

Felipe Massari

Visuailzer co-founder

Psicólogo e Neurocientista, especialista em Neuromarketing e Marketing Digital. Domina Engenharia de Prompts e Redes Neurais. Atua no Comercial e Vendas, unindo Ciência, Tecnologia e estratégia para criar soluções inovadoras e focadas em resultados para Empresas.

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