Startups de IA Generativa Transformam o Mercado de Vídeo

Explosão de Startups de IA Generativa: A Nova Fronteira do Vídeo

Nota: As imagens são meramente ilustrativas e, em sua maioria, geradas pelo MidJourney.

Explosão de Startups de IA Generativa: A Nova Fronteira do Vídeo

A disponibilização ampla de ferramentas para construir IA generativa gerou uma verdadeira explosão de startups neste setor. O <capital abundante> também desempenhou um papel importante, junto à diminuição dos custos da infraestrutura técnica necessária.

Entre as aplicações mais chamativas de IA generativa, destaca-se a geração de vídeos, que corre o risco de se tornar saturada. Laboratórios como Genmo, Haiper e Rhymes AI estão lançando modelos rapidamente, com poucas diferenças em relação ao que era considerado o melhor até agora.

A Visão de Naeem Talukdar

Naeem Talukdar acredita que a confiança, e não necessariamente as capacidades de um modelo, será o que irá diferenciar algumas iniciativas de vídeo generativo das demais. Por essa razão, ele está fundando a Moonvalley, uma startup com sede em Los Angeles que está desenvolvendo ferramentas de vídeo generativo que são, supostamente, mais “transparentes”.

Talukdar teve um papel importante no crescimento de produtos na Zapier antes de fundar uma empresa apoiada pelo Y Combinator, chamada Draft, que oferecia um marketplace para conteúdo de IA empresarial. Ele recrutou Mateusz Malinowski e Mik Binkowski, ambos ex-cientistas da DeepMind, para lançar a Moonvalley, onde estudaram técnicas de geração de vídeo.

“Compartilhamos a crença de que a geração de vídeo iria transformar a mídia e o entretenimento, mas as startups que vimos operando no espaço não tinham os atributos necessários para serem bem-sucedidas”, afirmou Talukdar à TechCrunch.

Desafios Com os Direitos Autorais

De fato, muitas empresas de IA generativa treinam seus modelos utilizando dados públicos, alguns dos quais estão inevitavelmente protegidos por direitos autorais. Essas empresas argumentam que a doutrina de uso justo protege essa prática. Por exemplo, a OpenAI defende que não consegue treinar adequadamente seus modelos sem material protegido e a Suno justifica que o treinamento indiscriminado é semelhante a um “garoto escrevendo suas próprias músicas de rock depois de ouvir o gênero”.

No entanto, isso não impediu os detentores de direitos de apresentarem queixas ou entrarem com pedidos de cessar e desistir.

Os fornecedores se tornaram bastante audaciosos, mesmo com o aumento de processos contra eles. No início deste ano, a ex-CTO da OpenAI, Mira Murati, não negou abertamente que o modelo de vídeo da OpenAI, Sora, foi treinado com clipes do YouTube, aparentemente em violação das políticas de uso da plataforma. Em outro caso, um relatório da 404 Media sugere que a Runway, uma startup de vídeo generativo, coletou trechos do YouTube sem permissão.

Iniciativas da Moonvalley

A Moonvalley afirma ser uma das poucas empresas que utiliza exclusivamente dados licenciados de proprietários de conteúdo que concordaram em participar. Para garantir a proteção dos direitos, a Moonvalley pretende permitir que criadores solicitem a remoção de seu conteúdo de seus modelos, possibilitar que clientes excluam seus dados a qualquer instante e oferecer uma política de indenização para proteger os usuários contra desafios de direitos autorais.

Embora a startup ainda não tenha um modelo de vídeo completamente treinado, ela lançou anteriormente dois modelos de geração de vídeo em beta para sua comunidade no Discord, que conta com mais de 100.000 usuários, antes de decidir mudar de direção.

Concorrência no Mercado

A Moonvalley busca se distinguir em um mercado em que gigantes como Google, Meta e muitas outras estão desenvolvendo seus próprios modelos de vídeo generativo. Enquanto isso, a Adobe está treinando seus modelos Firefly com conteúdo licenciado de sua plataforma Adobe Stock. Talukdar não revelou quanto a Moonvalley paga aos criadores por suas contribuições, mas o que se sabe é que a Adobe oferece em torno de US$ 120 por cada 40-45 minutos de vídeo.

A empresa tem a ambição de se estabelecer como o parceiro mais confiável de organizações de mídia, em um cenário repleto de ceticismo e disputas éticas.

“À medida que a relação entre mídia e IA continua a evoluir rapidamente, e não sem ceticismo, a Moonvalley visa se firmar como o parceiro mais confiável para organizações de mídia”, destacou Talukdar.

Perspectivas Futuras

Com a Moonvalley já tendo levantado $70 milhões em uma rodada de investimento inicial, co-liderada pela General Catalyst e Khosla Ventures, a startup conta com cerca de 30 funcionários com passagens por empresas como DeepMind, Meta, Microsoft e TikTok.

Talukdar espera que a Moonvalley lance seu primeiro modelo ainda este ano, e a competição se intensifica à medida que outras empresas também se preparam para apresentar suas novidades. O futuro da IA generativa para vídeo está, sem dúvida, apenas começando.

Felipe Massari

Visuailzer co-founder

Psicólogo e Neurocientista, especialista em Neuromarketing e Marketing Digital. Domina Engenharia de Prompts e Redes Neurais. Atua no Comercial e Vendas, unindo Ciência, Tecnologia e estratégia para criar soluções inovadoras e focadas em resultados para Empresas.

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