Google pode ser forçado a se separar do Chrome

Google pode ter que se separar do Chrome

Nota: As imagens são meramente ilustrativas e, em sua maioria, geradas pelo MidJourney.

Google pode ter que se separar do Chrome

O logotipo do Google é visto em um dos complexos de escritórios da empresa em Irvine, Califórnia, nos Estados Unidos — Foto: Mike Blake/Reuters/Arquivo

O Departamento de Justiça dos EUA está recomendando a separação entre o Google e seu famoso navegador Chrome. Essa medida visa evitar um possível monopólio que a gigante da tecnologia exerce no setor de buscas.

A proposta foi divulgada nesta quarta-feira (20) em um documento de 23 páginas. Além da separação, os reguladores sugerem medidas restritivas para que o Android não favoreça o mecanismo de busca do Google.

O Chrome, que é o navegador mais utilizado mundialmente, joga um papel crucial nos negócios do Google. Ele fornece dados valiosos dos usuários, permitindo que a empresa segmente anúncios de forma mais eficaz e lucrativa, de acordo com a Reuters.

Kent Walker, diretor jurídico do Google, criticou o Departamento de Justiça, afirmando que a proposta busca “uma agenda intervencionista radical que prejudicaria os americanos e a tecnologia global dos Estados Unidos”.

Em uma postagem em seu blog, Walker ressaltou que a proposta se apresenta como “excessivamente ampla”, o que poderia comprometer a privacidade pessoal e prejudicar a atuação do Google em inteligência artificial, definindo essa tecnologia como “provavelmente a inovação mais importante do nosso tempo”.

A decisão pode afetar o Android

Embora os reguladores não tenham solicitado explicitamente a venda do Android, eles afirmaram que o juiz deve enfatizar que a empresa pode ser forçada a se desfazer de seu sistema operacional para smartphones caso evidências de má conduta continuem a surgir.

As penalidades sugeridas refletem a seriedade com que os reguladores da administração Biden enxergam a necessidade de punir o Google. Isso acontece após uma decisão de agosto do juiz distrital Amit Mehta, que classificou a empresa como monopolista.

A equipe do Departamento de Justiça que assumirá o caso pode ter uma abordagem menos rigorosa com o presidente eleito Donald Trump no próximo ano. As audiências sobre a punição do Google estão programadas para abril, e a decisão final do juiz Mehta deverá sair até o Dia do Trabalho, em 1º de maio.

Se Mehta aceitar as recomendações do governo, o Google terá um prazo de seis meses após a decisão final para vender seu navegador Chrome, que já está no mercado há 16 anos. Porém, é bastante provável que a empresa recorra de qualquer punição, o que poderia prolongar a disputa judicial.

Felipe Massari

Visuailzer co-founder

Psicólogo e Neurocientista, especialista em Neuromarketing e Marketing Digital. Domina Engenharia de Prompts e Redes Neurais. Atua no Comercial e Vendas, unindo Ciência, Tecnologia e estratégia para criar soluções inovadoras e focadas em resultados para Empresas.

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