China Considera Opção de Venda do TikTok após Banimento nos EUA
Recentemente, estourou o boato de que autoridades chinesas estão avaliando um plano B para o TikTok, especialmente agora que a Suprema Corte dos EUA não parece disposta a salvá-lo de um potencial banimento. Com as opções legais da plataforma quase esgotadas, várias fontes de notícias informaram que a China está considerando uma alternativa que anteriormente afirmava não cogitar: deixar a ByteDance vender o aplicativo.
Musk como Possível Intermediário
Uma novidade surpreendente surgiu: a China estaria pensando em ter o bilionário tecnológico favorito de Donald Trump, Elon Musk, como intermediário ou até mesmo comprador nesse acordo. Relatos do Financial Times, Wall Street Journal e Bloomberg estão todos citando fontes não reveladas que apontam que o governo chinês já discute essa possibilidade. Em resposta, Michael Hughes, porta-voz do TikTok, classificou esses relatos como “pura ficção”.
Interesse em Comprar TikTok
Várias pessoas demonstraram interesse em adquirir o TikTok, desde o famoso investidor do “Shark Tank”, Kevin O’Leary, até o youtuber Mr. Beast. O grande obstáculo, no entanto, não tem sido a falta de compradores, mas sim a relutância do governo chinês em vender. Segundo as novas notícias, as autoridades da China, que anteriormente afirmaram que não aprovariam uma venda, podem estar mudando de ideia.
Um Novo Jogo de Poder
O envolvimento de Musk faz todo sentido estratégico, dado seu relacionamento tanto com a China quanto com Trump.
Musk está em uma posição única para ser parte de um possível acordo, tendo uma linha direta com o ex-presidente e uma visão clara de querer que sua plataforma, X, se assemelhe ao TikTok. Além disso, suas experiências com autoridades chinesas podem facilitar o negócio. Existem especulações de que ele poderia fundir o TikTok com X e a xAI, sua competidora da OpenAI, criando uma plataforma ainda mais influente.
Apostando no Futuro
Long Le, professor de negócios internacionais na Santa Clara University, acredita que a China pode estar considerando um acordo semelhante a uma joint venture, muito comum para empresas estrangeiras operando em solo chinês. Ele aponta que, de acordo com as leis americanas, um aplicativo pode ser considerado controlado por um adversário estrangeiro se alguém de um desses países possuir pelo menos 20% de participação.
“Se eles forem fazer algum tipo de joint venture, Elon Musk seria ideal porque também é próximo de Trump”, afirma Long Le.
A China pode hesitar em vender o TikTok se acreditar que os EUA permitirão que o aplicativo permaneça sob a propriedade da ByteDance. Isso se deve ao fato de que a ByteDance é uma champã tecnológica local e motivo de orgulho nacional. Se abrirmos a possibilidade de uma venda, isso poderia ser uma ferramenta de negociação com Trump e os EUA, especialmente considerando sua simpatia pelo aplicativo.
Impacto do Banimento
Se o TikTok for proibido, não está claro como rapidamente os usuários sentirão os efeitos. A Apple e o Google teriam que remover o aplicativo de suas lojas e parar de atualizá-lo. Ainda assim, quem já fez o download poderia continuar a usá-lo, mas a Oracle, responsável pela infraestrutura de nuvem do TikTok nos EUA, provavelmente teria que parar de hospedar os dados. Apesar da configuração desafiadora, as discussões sobre um acordo poderiam continuar após o banimento, a menos que a Suprema Corte intervenha.
Opinião
Essa situação revela o quão dinâmica e complexa é a relação entre tecnologia e política. O TikTok, que já foi um símbolo de inovação, agora parece ser uma moeda de barganha nas negociações entre potências. O que você acha? Até onde iria essa relação se tudo isso se concretizar?